segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MADEIRA DE GOFFER E BETUME

“Faze para ti uma arca da madeira de Gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.” Génesis 6:14 (ver Génesis 6 a 9)
“Conforme a tradição bíblica, Deus decidiu destruir o mundo por causa da perversidade humana, mas poupou Noé, o único homem justo da Terra em sua geração, mandando-lhe construir uma arca para salvar sua família e representantes de todos os animais e aves. A certa altura, Deus interrompeu o Dilúvio, fazendo as águas recuarem e as terras secarem. A história termina com um pacto entre Deus e Noé, assim como com sua descendência.” Ver
Deus é um espantoso cientista de materiais. Ele notabiliza-Se também em engenharia arquitónica. O texto acima é apenas um mero extrato das de Deus a Noé sobre o que usar para fazer a arca onde ele e a sua família (e, esperava-se, outros passageiros) e animais pudessem escapar ao Dilúvio. Vamos pensar, por um momento, sobre o que Deus providenciou para a construção.
Madeira de Gofer – o que é isso? Boa pergunta. Não existe hoje nenhuma árvore que se chame madeira de Gofer. Como não sabemos onde Noé vivia originalmente, não podemos lá ir e ver o que existe. E mesmo que soubéssemos onde é que Noé fez a construção, não sabemos de onde poderia ter vindo a madeira ou como a ecologia da zona de construção poderá ter mudado desde o Dilúvio. O Clark ´s Commentary on the Bible (Comentário Bíblico de Clarke) sugere que a madeira poderia ser de cipreste, uma vez que essa árvore era abundante à volta de um provável Monte Ararat. Mas, também isso é apenas uma cojetura. O que sabemos, realmente, é que as especificações para a madeira devem ter sido espectaculares. Pense num barco de madeira a conseguir aguentar-se através de um dilúvio catastrófico, sem que os lados fossem amolgados pelas forças externas.
Temos exemplos de madeiras fortes e duráveis muito resistentes à quebra. A nogueira-amarga é excelente. Os cabos das ferramentas são feitos de nogueira-amarga porque ela é dura. A madeira-de-teca é muito rija e muito resistente ao apodrecimento e à água, tornando-a numa excelente candidata à construção da arca. As madeiras de acácia e de locust também são uma possibilidade, devido à construção da arca. A madeira é um material de construção fantástico porque é leve e forte. Qualquer que tenha sido a madeira com que se construiu a arca de 137 metros de comprimento, deve ter sido durável e bem preparada, para sobreviver às batidas daquela que deve ter sido a mãe de todas as tempestades.
Betume é a palavra bíblica usada para significar asfalto. É um hidrocarboneto preto, muito viscoso, que escoa lentamente do solo em vários locais. À volta do Mar Morto, são comuns os afloramentos da rocha negra, e a rachas nas rochas subjacentes ao Mar Morto permitem que o betume produza,
Mosteiro de Khor Virap,
Arménia, à sombra do Monte Ararate,
onde a Arca de Noé supostamente encalhou após o Dilúvio.
periodicamente, massas de asfalto flutuante. Quando é aquecido, o betume produza, periodicamente, massas de asfalto flutuante. Devido às suas qualidades de aderência, as pessoas dos tempos bíblicos usavam-no como coberto com betume para o tornar à prova de água. A arca de Noé tinha uma camada de betume por dentro e outra por fora para selar as juntas e evitar a entrada de água.
Que Deus, para providenciar todos estes materiais necessários.
Criador da madeira forte e do betume protector, fortalece-me para as tempestades vindouras e sela o meu compromisso para obedecer à Tua Palavra.
Dr. David A. Steen
preparado por José Carlos Costa




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

AFINAL, DEUS EXISTE?


Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Salmo 14:1

Parece que falar mal de Deus está na moda. Dizer “não creio em Deus” parece sofisticado, evoluído, progressista, científico, liberado. Além disso, testemunhamos hoje um estranho fenômeno: o ateísmo militante, “missionário”. O que vemos não é o ceticismo filosófico tradicional nem o racionalismo posterior ao iluminismo. A espécie de ateísmo verificada hoje parece irada com Deus, “evangelista”, zelote, determinada a ver Deus morto e sepultado.

Veja-se, por exemplo, Richard Dawkins, considerado ícone do ateísmo atual, autor de Deus: Um Delírio. Para ele, a própria ideia de Deus “tem o mesmo efeito de um pano vermelho para um touro”. Sua mensagem consiste em “esclarecer” que Deus não passa de invenção de pessoas desiludidas. Dawkins afirma categoricamente a intenção de seu livro: “Os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o tiverem terminado.”

Esse “ateísmo fundamentalista” suscitou respostas. Uma delas veio com o livro O Delírio de Dawkins, de Alister McGrath e Joanna McGrath. Alister, antes um ateu como Dawkins, também professor de Oxford, e a esposa, professora na Universidade de Londres, escreveram a obra juntos. Eles uniram seus conhecimentos em diversas áreas da ciência para oferecer uma resposta cristã à acusação ateísta de Dawkins.

O casal McGrath, conforme especialistas, desmantela os argumentos de Dawkins, sobretudo o argumento de que a ciência automaticamente conduz as pessoas ao ateísmo. Dawkins não apresenta evidências científicas claras, apenas defende “religiosamente” a improbabilidade de Deus. Segundo a avaliação da revista Publishers Weekly, destinada ao mercado editorial, “os autores de O Delírio de Dawkins atacam o flanco do fundamentalismo ateísta de Dawkins e conseguem afastá-lo do campo de batalha”. O livro de Dawkins passa a ser visto como pouco mais que um ajuntamento de factoides exagerados para alcançar impacto máximo e fragilmente organizados para sugerir que constituem um argumento.

Por que então o ateísmo tem hoje tanto sucesso, particularmente entre estudantes? Não é pela força da enfermidade, mas por causa da fraqueza dos pacientes. Podemos provar a existência de Deus? Não. Mas o ateísmo também não pode provar que Ele não existe. A questão é: para onde apontam as evidências? Aqui reside a força do cristianismo.

Fonte: Meditação Diária 2014 - CPB

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O Pálido Ponto Azul / Imagem em Mente


palido_ponto_azul
Sim meus amigos, a foto acima é do nosso querido e tão maltratado planeta Terra. Sim, aquele pequeno ponto, circundado acima é o nosso planeta. A foto em questão é uma famosa fotografia tirada pela sonda Voyager 1, em 1990, e foi nomeada por Carl Sagan, o responsável pela missão, de “O pálido ponto azul”. A sonda Voyager 1 é hoje o objeto humano mais longe da Terra (foi lançada em 1977). Este ano ela ultrapassou os limites do sistema solar e, apesar de ter vários dos seus instrumentos não funcionando mais, ainda envia sinais que levam 17 horas para chegar até a Terra.
A foto ficou tão famosa justamente por nos fazer enxergar (literalmente) a nossa insignificância diante de todo esse universo. Como disse o próprio Carl Sagan, todas as pessoas que conhecemos e todas as pessoas que já ouvimos falar, viveram suas vidas ali, naquele pequeno ponto azul.
Ao mesmo tempo, o pequeno ponto parece ‘protegido’ por um raio de sol, reflexo da luz do sol na fotografia, algo que de certa forma o destaca em meio a toda a vastidão. Essa metáfora me faz pensar ainda mais que a primeira.
“Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir. Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, Até ali a tua mão me guiará e a tua dextra me susterá. Se disser que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.” Salmo 139.6-12
Carl Sagan tem um belo discurso realizado em uma conferência em 1996, tendo como base essa foto. Na verdade ele já escreveu até um livro com este mesmo nome (“Pálido Ponto Azul”). O discurso é realmente muito tocante e nos faz refletir muito, especialmente para entendermos a banalidade de nossas guerras e beligerâncias, bem como a necessidade de proteger esse único ponto no universo que foi reservado para nós. O discurso pode ser visualizado no youtube, inclusive em versão dublada, com a narração de Guilherme Briggs.
Todo o discurso pode ser esmiuçado para uma reflexão bem mais abrangente, mas um trecho me chama mais a atenção para nossa ‘mente cristã':
“As nossas posturas, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida. O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar para nos salvar de nós próprios.”
Será mesmo? Não há como negar: “nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca.” Mas como vemos na própria foto, será que não há um raio de luz capaz de nos iluminar em meio a essa obscuridade? Realmente não há esperança para a humanidade para salvar-nos de nossa insignificância e de nós próprios, como diz o texto? É claro que aqui entra a questão da fé. Mas um livro sagrado, muito comentado, mas pouco conhecido de verdade neste grão de areia cósmico, nos fala que toda vez que olharmos para essa luz refletida como a que vemos, de modo a dividir-se em várias cores, especialmente formando um arco de cores, podemos nos lembrar que Aquele que é maior que tudo isso, que há e que não há no universo, sim, o Deus Todo-Poderoso, quer você acredite ou não, realizou uma aliança com a humanidade. Uma aliança de que não seríamos destruídos ou nos destruiríamos gratuitamente.
“E estará o arco nas nuves, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra.” Gén. 9:16
Como eu disse, como sempre, é claro que é uma questão de fé. Mas não sei quanto a vocês, mas em mim tem algo que não se conforma com toda essa insignificância. Eu simplesmente não suporto a ideia de sermos apenas um pequeno ponto dentro de outro pequeno ponto pálido e azul. Sim, eu reconheço que fisicamente, em termos de espaço e de tempo, não somos nada além disso. Mas, perdoe-me Carl Sagan, de alguma forma tem que haver algo mais. Atrás desta cortina tem que haver palcos azuis*. Me perdoe você que não crê. Mas eu só enxergo a minha significância na minha fé, na minha esperança. E a minha esperança está em Jesus.
“Jesus respondeu e lhe disse: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der ser fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4.13-14
terra_apollo8
Outra foto famosa de nosso planeta. Essa tirada pela missão Apolo 8 enquanto estava em órbita na Lua em 1968.
* Referência à música “Minha Vida” de Chico Buarque.